sábado, 27 de dezembro de 2014

Canto a Lua

Ode a eterna e majestosa Lua,                                                                                                                 que nos guia na passagem dos anos,     
que encantadora ilumina quando Sol se vai                                                       
e faz brilhar os romances de meia noite.
Aquela que atenciosa acolhe os aflitos na                                                                                           madrugada e ouve seus desejos e receios.
Canto a Lua, que a mim muito se assemelha,                                                                            
com suas fases, suas constantes e inesperadas mudanças.                                                             
Seu brilho cintilante, não tão forte,
 mas sempre delicado, as vezes, conflitante.
Delicada beija a terra e a cobre em luz fina e serena,                                                                
como manto de pura seda.

Permanece distante de nós, como um marco,                                                            
um farol que ilumina a nossa grande solidão.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Liberdade Nem Um Pouco Minha


Sua liberdade é tão maior que a minha, 
tão mais doce, mais complexa, cheia de amores. 
Quando te vejo não é por você que queimo 
e sim por ela, tão linda, mais que perfeita, é divina. 
Tocar você é busca-la, beijar você é só tentativa de rouba-lá. 
Me apaixonei por ela, morro de desejos de tê-la, abraça-lá, 
desfrutar de suas virtudes, mergulhar em sua graça. 
Temo admitir que isso é apenas um grande devaneio, 
nunca a terei, ela é musa imaterial. Intocável as mãos, 
imperceptível aos sentidos, ela somente a ti pertence e
nada que eu faça poderá mudar esse fato, inato a ti.
Mesmo sabendo que esta presa e nunca sera minha, 
não conseguirei deixar de quere-la só pra mim.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Doce Pesadelo

Nessa noite de quase verão, prometo não dormir, 
não piscar por muito tempo, permanecerei de olhos bem abertos,
mente concentrada. Meu medo de reviver as imagens 
que o subconsciente crio é bem maior que todo cansaço do mundo,
mais poderoso que Morpheu.

É traissueiro o que fez comigo, veio a mim e não pude evitar.
Esperou o momento de distração do consciente e se alojou 
silenciosamente. Até aquela noite esteve em demasiado silêncio,
nem sua respiração ouvia, e de repente, surge gritando em minha mente.

Insiste em me torturar com lindos sorrisos, belos momentos, 
encantadores encontros, o futuro que um dia alguém desejou.
Negarei enquanto puder a beleza do meu íntimo pesadelo,
rejeitarei com garra a chance de sonhar de novo, pois não quero
nem no mundo de Platão o gosto desse belo sonho que transformo 
em mim e um doce pesadelo.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sophie(Carta de Uma Mulher Apaixonada)

Deixarei aqui registrado todo o amor de uma mãe por sua filhinha. Amor puro, sincero, profundo. Que todos os filhos sejam amados como Sophie.Espero que gostem.

A mais bela menina, a doce criança. 
Pequenina, sorridente, cantando sempre.
Sophie, tão minha quanto eu dela.

Como não se apaixonar por essa princesa de cabelos ondulados, 
pele macia, joelhos ralados.
É impossível que eu não me renda a seus olhos castanho brilhantes, 
sua mãozinha pegando a minha, tão pequena e gorduchinha,
3 ou 4 vezes menor que a minha.

Me apaixonei por você Sophie, será sempre muito amada. 
Jamais deixarem cortarem suas asas, protegerei você com a 
mente e o coração, espero jamais exagerar.

Me perdoa se eu gritar com você, se falhar, se reclamar quando você
usar meus sapatos e passar meus batons.
Me perdoa também se eu ficar no trabalho até tarde ou sair sem 
te dar um beijo e dizer que te amo filha.

Se cair, chama sem hesitar, te darei colo, talvez chore com você ou por você, 
mas sempre estarei aí, pra você, só você.

Até amanhã filhinha, durma com os anjos.
Beijos Mamãe.

domingo, 23 de novembro de 2014

Irritante Educação

Ao derredor esta tudo inexplicavelmente alterado,
nada é como já foi e essa mudança jamais será compreendida.
Falamos e falamos e as palavras não significam nada, perderam-se
da linha, agora não passam de boas rimas ensaiadas, professadas 
apenas pela velha e irritante "educação", que nos obriga a não largar
de mão e fingir uma conversa animada.

Tão hipócritas nos tornamos, questionavamos a falsidade e, agora
pela obrigação inventada, somos falsos um com o outro.
Infelizmente assim é todo ser humano, incapaz de enfrentar o incomôdo que criou,
segue a vida atuando e finge pra si mesmo que nada mudou.

Só que não se vive sempre no palco, toda a atuação se finda, é ilusão,
é distração. Se a vida é isso, não é vida, é novela de televisão.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Eterna Sobriedade

Segue a vida, às vezes lento o tempo passa,              
mas a mente permanece veloz, indo além do imaginado.                                                                            
Viaja em ondas sonoras e feixes de luz,                                                                                                   
leva a alma a saltar em ideias e emoções que nunca existirão fora dela.

Essa mente é livre, é leve, não há correntes capazes  mente,                                                                      
lhe prender, não há sobriedade que possa por um segundo lhe deter.                                                     
Vive em êxtase, flutuando no doce irreal que é sonhar. 

Tal mente de tão independente já é um ser.                                                                                          
Criou um mundo só seu, uniu o Cristo Redentor e o Coliseu em um mesmo lugar,                                       
seu lugar.                                                                                                                                             
Entre o concreto e o abstrato insiste em navegar,                                                                     
vira e mexe esta no céu, logo depois no mar.

Só essa mente sabe viver, como nenhuma outra,
se encontra só, na embriaguez da sua eterna sobriedade.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A Pequenina


Um belo dia de sol, amanhecer esplendoroso, poucas nuvens ousam manchar os céus. O verde vivo das folhas nas árvores fica nítido ao brilho dos raios desse sol, só existem motivos para felicidade. Em uma árvore com algumas dessas folhas verdejantes um simples e belo bentevi fez seu ninho à alguns dias, já era tempo e momento para os belos ovinhos eclodirem e trazerem ao mundo novos cantos.
O pássaro estava impaciente, sentia que a qualquer momento seus filhotinhos sairiam dali e ansiava por vê-los, saber como seriam, ensina-los a vida de passarinho, os cantos mais lindos da floresta. Não precisou esperar muito, olhando os ovinhos viu que um deles parecia estar rachando, ficou eufórico, quis ajudar, mas também ver até onde aquele novo serzinho poderia ir nos seus primeiros momentos de vida fora de sua proteção maternal. Aguardou e não se decepcionou, logo o bichinho consegui por pequena cabeça pra fora e soltar um pequeno ganido que encantou a sua amável mãe.
Seguindo este o outro ovo começou a querer eclodir, após ajudar o primeiro filhote o amável bentevi logo voltou-se para  ele. Todavia o segundo filhote, ainda dentro de sua mais pura proteção, parecia não conseguir o mesmo êxito em libertar-se daquilo como o primeiro teve, o que deixou uma preocupação natural no ar. Ligeiramente o tempo passa e nada do segundo filhote conseguir sair de sua casca. Em um desespero de pensar que seu filhotinho não sairia nunca dali a mãe mais que rapidamente e já incontrolável em suas ações começou a bicar com rapidez o ovo até que viu a pequenina. Sim, era uma menininha, se assim podemos dizer.
Tranquilamente seguem os dias após o episódio do nascimento complicado, os dois filhotes vão crescendo perfeitamente saudáveis. Não demora muito e chega o dia dos novos passarinhos aprenderem a voar para assim completarem o ciclo sendo então independentes. A mamãe bentevi estava feliz, porém preocupada, tinha medo por sua filhinha, tão jovenzinha que não conseguiu sair do ovo ao nascer, pensava que talvez ela não conseguisse voar, que não pudesse bater as asas no ritmo certo para alçar um voo, que se fosse assim cairia em um abismo, não queria isso.
Na hora das aulas de voo, os dois filhotes estavam a animados, o macho era um pouco maior aportava-se na ponta do ninho ponto a saltar, sentindo que era capaz de qualquer coisa, a fêmea, pequenina e delicada continha sua animação, mas desejava muito ver e saber tudo o que sua experiente mãe tinha para lhe ensinar. Tomada por um medo infantil e sem poder adiar mais tudo aquilo a mãe decidiu por algo radical, disse a sua jovem filhinha que esta ainda não estava pronta e deveria esperar um pouco mais para a prender a voar. A pequena ficou triste, mas não contestou a mãe, ficou por assistir as aulas do irmão, desejando estar no seu lugar.
Em poucos dias o macho já voava feliz, buscava seu próprio alimento, descobria a floresta, os animais, mas a pequena fêmea permanecia no ninho, a cada dia uma nova desculpa recebia de sua mãe para adiar por mais um ou dois dias suas aulas de voo.  A pequenina ficava a cada dia mais triste, pois admirava seu irmão e tantos outros pássaros voando entre os galhos, despencando e em seguida plainando nos céus e ela ali, não podia fazer o mesmo.
Algum dia desses, sem aparente motivo se cansou da situação, decidiu aprender sozinha, jogar-se no abismo, achava melhor o risco de cair a segurança de nunca se libertar. Sozinha no ninho, chegou a beira, olho pro chão, a distância era grande, sentiu um medo subir pela espinha chegando rapidamente a cabeça. Então olhou o céu e bem distante um pássaro a voar, foi decisivo, sem pensar mais jogou-se, por alguns segundos deixou-se sentir a doce sensação da queda e, logo, sem tardar decidiu bater as asas, foi natural, seguiu voo como se fizesse isso à muito tempo. Sua alegria foi enorme, disparou par a todos os cantos, subiu nos mais altos galhos, desfrutou do que sonhava a tanto tempo, sentia que isso era o gosto da liberdade.
Não quis mais voltar, tinha medo de novamente ser presa por sua mãe. Só pensava em respirar aquela emoção, queria conhecer, viver tudo o que não pode naquele ninho o tempo todo resguarda pelo medo que nem era de todo seu.

E se foi, por entre vales e montanhas, planícies e planaltos. Os dias passavam e ela nem percebia, vivia feliz a cada nova sensação, as vezes imaginava voltar, dizer a sua mãe que estava bem, no mesmo instante vinha o medo, lembrava do tempo que ficara fora e não sabia como voltar. Sentia que não havia mais um caminho.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Bibliotecas e Sua Magia

    Hoje foi dia de pesquisa para o curso que faço, mas não em um lugar qualquer. Eu e meus amigos do curso de Guia de Turismo pesquisamos sobre o estado do Rio na biblioteca mais antiga do Brasil, a Biblioteca Nacional. Particularmente eu amo bibliotecas e amo História, relacionar as duas coisas em um dia é mais que estupendo para mim. Todavia mesmo quem não gosta de uma coisa e nem de outra se encanta com a BN que é absurdamente linda. Não tem como entrar no saguão e admira-la sem se surpreender.
   Quando era ainda menininha, já adorava bibliotecas, passava quase todos os meus intervalos do fundamental I dentro da biblioteca da minha antiga escola, inclusive as vezes depois da saída fugia pra ler lá. (Atualmente não é muito diferente)Um dia, minha mãe pediu ao vizinho pra buscar eu e meu irmão, como não me achou o vizinho pensou que eu tinha saído mais cedo. Ao deixar meu irmão em casa sem mim, minha mãe se desesperou e correu até a escola para ver o que tinha ocorrido, ao chegar me encontrou na biblioteca, feliz da vida. E essa nem foi a ultima vez, já mais crescida ocorreu episodio parecido, minha turma saiu cedo e fui pro meu recanto predileto ler, pensando que eu estava em casa a coordenadora ligou pra minha mãe pedindo pra falar comigo e minha mãe disse que eu estava na escola, aí começou mais uma confusão. Detalhe que eu estava com celular ligado e ninguém pensou em dar um toque. No momento em que me encontraram foi um alivio geral, já que aquela altura metade da escola já achava que eu estava desaparecida.
   Eu adoro bibliotecas, amo mesmo, são maravilhosas e infelizmente ainda existem muito poucas no nosso país. Em homenagem ao meu dia maravilhoso na BN, escrevi uns versinhos sobre bibliotecas, espero que gostem.

Estar em uma biblioteca é simplesmente poder                                              
sentir o cheiro da nossa história, limitadamente 
contemplar  o conhecimento humano através dos tempos, 
observando a arquitetura ou utilizando novas tecnologias para leitura.
Com toda a evolução e modernidade as bibliotecas,                         mesmo assim, são o melhor lugar para ler e refletir já criado,       pois elas respiram o saber e possuem as mais diversas ideias para conflitar a alma.
Tantas linhas e infinitos livros sobre as virtude sem fim delas poderia redigir, e ainda sim faltaria,
nem tudo é possível descrever, só contemplando vale, para que o próprio lugar te mostre tudo aquilo que precisa ver.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Objeto de Análise

O que segue nessa publicação é um pequeno texto que fiz hoje, entre uma aula e outra. Sempre ideias soltas, pertinentes. Na necessidade de prende-las em algum lugar, as mãos não se aquietam e vão escrevendo sem permissão. Espero que gostem da leitura
.

Ainda ouço os seus sussurros e as nossas frases feitas. Não me leve a mal, já não gosto de você, na verdade não gosto a muito tempo, tanto que nem sei quanto.
Simplesmente para o momento não quero amar, só quero a dádiva das palavras que o amor nos dá.
Perdoe-me, porém a verdade é que você agora é só um objeto de análise, um ratinho de laboratório que avalio os resultados e contesto minhas teses sobre o destino tomado. Um elemento na minha dissertação, uma ideia passada para a minha inspiração.

Sei que não entenderá essas palavras e se sentirá uma donzela enganada, mas não é isso que pensa, juro que não. Não pense que não significa mais nada, falo da lembrança, aquela já usada que dentro de nós já foi enterrada, todavia serve como ensino e didática e as vezes inspiração pra escrever do que não mais se vive ou se sente.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Aquela Velha Mesa de Bar

Nos piores momentos, nos mais tristes saber que existem pessoas que te apoiam e te amam ajuda a continuar a caminhada difícil que é viver. Rir, brincar e se divertir com amigos é maravilhoso, todavia é inexplicavelmente ótimo quando eles estão conosco nos dias de chorar, nos apoiando. Superar junto é sempre melhor. Por isso escrevi algo sobre um desses momentos entre amigos, aqueles que nunca se esquece.

Eu não quero nada além do que eu preciso.
Nada além dos meus queridos amigos.
Não muito mais que sobre a mesa um bom vinho
e jogar conversa fora por horas a fio.

Sentados em um bar por toda noite ficaremos,
e, ao fundo, bem baixinho, ouviremos,
o doce dedilhado do violão nosso parceiro,
cantando a melodia do coração.

E depois de todos os nossos risos findos,
seguiremos juntos o mesmo caminho,
andando sempre a passos curtos,                            
bem devagarinho, matando o tempo,  
sem pressa nenhuma.

E assim, quando chegarmos ao lar 
antes de  assistirmos o sol raiar, 
esperaremos mais uma vez o amanhã nos saldar
e mais um momento juntos nos possibilitar.
Seja pra rir ou pra chorar.

domingo, 14 de setembro de 2014

O D doeu

Hoje foi dia de provas, dentre elas o 2º Exame de Qualificação da Uerj. A tensão estava alta nas veias de todos os vestibulandos que se preparam desde o inicio do ano para isso. E se alguém te disse que depois da prova acabou, te enganaram, a tensão é maior, já que ainda tem o resultado. E como lidar com o resultado se ele for ruim, ainda mais depois de se estudar muito, dedicar horas a isso? Eu fiz essa prova hoje e tirei "D". Obviamente fiquei decepcionada, dediquei boa parte do meu ano a estudar pro vestibular, porém, ainda não acabou e eu não fui mal na primeira. Só que é difícil pensar que já fui bem, que posso e mesmo assim ter tirado um "D". 
Já deve ter ouvido falar que de tudo podemos tirar algo bom. Realmente, por pior que seja, alguma coisinha boa tem, você aprende algo, você fica experiente. Não dá pra ganhar todas, e, se desse não seriamos completos, não aprenderíamos coisas que só se aprende quando se erra ou falha. Outro detalhe que pode servir de consolo nesses momentos, é que nossa vida não é feita de um momento só. Escrevo isso pra mim também. Dói demais falhar, errar, não conseguir algo, mas a vida não acaba. As vezes agimos como se fosse o fim, ao invés de fazer um novo começo. Quando erramos, ficamos desmotivados a tentar, precisamos fazer o contrário. Não tentar é regredir, se caiu, levanta e segue. Simples assim.
"Mais é claro que o sol vai voltar amanhã, escuridão já vi pior de endoidecer gente sã" - Renato Russo.


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Tudo o que outros já disseram


Iluminada nas mil e uma cores.
Mergulhada nos encantos, 
cheia de louvores.
Recanto dos curiosos,                                                                                                                                 berço dos amores.
Rio, de belezas sem par,                                                                                                                           maravilhas que nos deixam sem ar.
Seu título não é em vão, 
não é exagero ou ilusão,
é Cidade Maravilhosa,   
de todas a mais saudosa.
De braços abertos nos recebe,
 no samba e no choro nos diverte.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

A escola esta perdendo seus valores

Um dos maiores e mais lindos papéis das escolas é a parte importante que elas tem na formação do caráter dos futuros cidadãos do nosso país. Com certeza muitos valores vem do lar de cada um, porém é nas escolas, com professores, diretores, orientadores e funcionários em geral, que se reforça o ensino vindo do lar, além da aprendizagem. Sempre ouvimos dizer que a escola é a preparação para o mercado de trabalho e para a vida em sociedade.
Esse papel tão lindo, tão necessário, não tem sido executado como deveria. Não generalizando, mas em sua maioria as pessoas dentro das escolas não estão preparadas para educar. Alunos são tratados com descaso e desprezo. Posso afirmar isso porque eu sou tratada dessa maneira na instituição em que estudo. Estou no terceiro ano do ensino médio regular, nunca arrumei problemas para meu colégio, pelo contrário ajudo a resolver muitos já que sou integrante do grêmio estudantil da unidade. E por diversas vezes fui destratada dentro do colégio. Recentemente meu cartão de passagens do colégio não passou no ônibus de manhã e eu precisava ir pro curso que consegui pelo Pronatec e não posso faltar, o motorista com custo deixo que eu subisse pela porta de trás do ônibus, como eu precisaria voltar pra ir pra aula a tarde achei melhor descer no colégio e recarregar o cartão. Chegando lá pedi o porteiro pra passar na maquininha e ele foi super ignorante e arrogante comigo, dizendo que eu não posso carregar fora do horário que estudo. Tudo bem, pode até ser que não se deve carregar esse cartão fora do horário, só que eu precisava ir pro curso estudar e outras vezes quando havia ido mais cedo para o colégio para realizar atividades do grêmio já o carreguei fora do horário. O porteiro chamou o diretor que veio na janela e gritou comigo dizendo que eu tinha que carregar o cartão no horário e perguntando por que eu não carreguei na sexta - feira da semana anterior. Por fim, depois de explicar que não pude ir ao colégio ele deixou que o porteiro carregasse meu cartão de passagens. Uma ação que demorou 15 segundos, por ela, eles gritaram comigo na frente do colégio e essa não foi a primeira vez que ocorreu cena parecida.
Os alunos do grêmio podem carregar livros pesados para ajudar a arrumar a biblioteca, podem distribuir esses livros para os outros alunos, tarefa da unidade escolar e também podem ser mal- tratados por aqueles que deveria lhes ensinar a ser melhores cidadãos e pessoas.
O mesmo colégio que faz palestras e discursos sobre cidadania e respeito é o que grita, insulta e humilha seus próprios alunos, isso só tem um nome: hipocrisia. Na teoria o ensino é voltado ao respeito e compreensão, mas na prática o exemplo dos funcionários e diretores é de intolerância, ignorância, arrogância e individualismo. Não é essa a escola que eu quero, não é essa a escola que eu construo, vamos pensar nisso, pois essa situação certamente se repete em muitas instituições pelo Brasil.

Pensamentos do inicio da maturidade

No momento em que só dizer não basta, 
Em que além de palavras se pede atitudes,
Nesse momento é preciso perceber que  
É necessário esclarecer.
Como no colégio, não basta saber o que foi ensinado,
Se faz preciso provar para poder ser avaliado,
Assim, também é com sentimentos, com pessoas.
Se não provar a importância de alguém em sua vida,
Seu amor por esse alguém, como essa pessoa
Vai permanecer ao seu lado, sem saber o que você sente?
Sentimentos não declarados, não transformados em atos
Não são nada além de imaginação, de pensamento.
Ideias precisam se tornar atitudes para ter sentido e Sentimentos também.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Pensamentos perdidos nas manhãs de inverno

Ficam aqui algumas coisas soltas que andei escrevendo...

Se fosse só os olhos de ressaca,
que me puxam pra perto.
Se fosse só as mães jeitosas,
que me enchem de carinhos e me deixam desarmada.
 Se fosse só os lábios macios,
que me levam aos mais distantes labirintos.
E nem quero falar do abraço, dos afagos, dos suspiros.
Eu não entendo o bem que me faz e tenho medo de dizer,
pois quando se trata de você eu nunca sei o que fazer.

...

Tentando evitar a todo custo
me entregar ao sentimento guardado
 no fundo do coração.
Havia concluído ser impossível,
já via tudo perdido e pra mim
estava a muito esquecido.

Todavia as coisas mudam,
ações gerando reações o tempo todo.
É a lei, não se pode ir contra ela.

Alguém me disse, alguém cantou pra mim
ouça seu coração e eu timidamente ouvi
o conselho, segui sem saber pra onde.

Perigosamente eu ouvi o meu coração e
por mais incrível que pareça não foi ruim.
Mas ainda tenho medo e não posso e não
posso me entregar tão rápido, assim tão fácil.

...

Pensei em mil maneiras de te amar.
Caminhei pra todos os lados esperando te encontrar,
nas esquinas, nos becos ou em qualquer bar.
O resultado foi simples, me perdi tentando te achar.
Todos os dias, desde então, me pergunto:
Quem poderá me ajudar?
Eu não sei por que te amei, sei que quis amar.
Mas ainda tento encontrar em cada lugar aquele
teu doce e suave olhar, a simpatia e o jeito de andar.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Amor vs. Paixão



Não existe amor a primeira vista, existe sim paixão a primeira vista, desejo a primeira vista. Amor não, ele é muito complexo pra surgir do nada, ele tem sempre um fundamento e uma história antes de surgir.
Não é um desejo louco e irracional, é uma percepção clara, bem estruturada daquilo que se sente por outro.
Amor é muito mais que querer estar com alguém, ter algo desse alguém. É querer fazer bem a esse alguém, fazer a pessoa se sentir especial.
As pessoas confundem amor com paixão e querem construir uma vida em bases superficiais. Assim os relacionamentos não duram, na verdade nem existem, pois tratam paixão como se fosse amor se esquecendo que o amor dura e a paixão não.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Sempre assim, repetidas e seguidas vezes.
Minha palavra só tem validade até o momento                                                                                           de novamente ver o que eu jurei não querer.                                           
Quando parecia ter fim, outro choque meu coração leva
e tudo volta a ser como antes.
Onde foram parar a minha paz e a minha razão?
Creio que elas não existam mais, unidas partiram                                                                                           para ajudar uma outra vida.
Concluíram perder tempo comigo, cansaram de insistir
com esse coração extremista e essa mente vacilante.
Já não existe nada dentro de mim que me proteja                                                                                 dessa ideia persistente.
Perdi minhas certezas, tudo virou-se do avesso                                                                                           e girou com o vento.
Agora a minha única certeza incerta é que não existe certeza
nenhuma e que as tudo muda mais rápido que a luz do dia.
Um segundo e tudo o que sempre soube já não é real.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Cotas pra que?



Ultimamente as discussões sobre a necessidade e importância das cotas universitárias têm intensificado. Muitos criticam essa medida, alegando que ela não resolve o problema do acesso a universidade para os mais desfavorecidos. Certamente não resolverá um problema enraizado há tempos na sociedade brasileira, todavia momentaneamente elas podem auxiliar a melhorar a situação, já que, combater desigualdade com justiça só deixaria as coisas ainda mais desiguais.
Para entender a necessidade das cotas precisamos voltar 300 anos em nossa história e analisar a herança que o período escravista deixou em nosso país. Aliás, para entender todo contexto social atual esta análise se faz importante.
A escravidão no Brasil foi uma das mais longas do mundo, durando 359 anos, desde a colônia ao fim do Império. Por muitos anos, o sustento da economia brasileira, baseada na agricultura, era o trabalho escravo. Todavia ,com a Primeira Revolução Industrial tornou-se necessidade expandir o mercado consumidor, escravo não consumia e isso precisou ser mudado. A Inglaterra, pioneira na industrialização começou a pressionar o governo brasileiro para abolir a escravidão, porém não era desejável aos cafeicultores, e demais produtores agrícolas perder mão de obra. Como paliativo foram criadas leis como: Eusébio de Queiroz libertava escravos acima de 60 anos, idade raramente atingida por eles; Ventre Livre fazia livre todos os filhos de escravas nascidos a partir da promulgação.
Só em 1889 que uma lei para libertação dos escravos foi assinada e aprovada, a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel. Porém não resolveu o problema dos negros no país, já que ao invés de serem empregados nas fazendas onde trabalhavam eles foram expulsos e tiveram de encontrar uma maneira de sobreviver. Muitos foram para as cidades e começaram a se instalar em lugares afastados e desvalorizados, como os morros e assim formaram-se as comunidades, até bem pouco conhecidas como favelas. O preconceito era bem maior do que hoje, esses lugares se tornaram marginalizados e essa visão permanece na atualidade.
A exclusão não se restringiu apenas aos negros também a camada mais pobre da população, que por anos da nossa história não teve digno acesso aos serviços básicos, como saúde e educação. Ainda hoje essas coisas não chegam a toda à população e minoria que consegue usar dos serviços públicos se deparam com ineficiência e incompetência.
Em meio a essa situação as cotas se fazem necessárias, para tentar consertar anos de exclusão social. Claramente elas não resolveram o problema, é preciso muito mais.  Reformas no sistema público de educação são o básico para iniciar uma mudança. As pessoas que são contra as cotas, em sua maioria, não conhece a realidade de um colégio público e da exclusão social da população negra, precisamos tentar olhar a realidade por outros pontos de vista, ser solidários aos problemas do outro. Assim poderemos construir um país melhor.

domingo, 20 de abril de 2014

Manifestando Ideias

Estava pensando no que é ter um blog, para que ter um e por que ter. Seguindo esse pensamento percebi que um blog é nada mais que um espaço para divulgarmos e manifestarmos nossas opiniões pessoais publicamente, um espaço onde temos voz perante o mundo.
Sempre pensei que minha opinião sobre as coisas não fosse relevante e percebo hoje que estava redondamente enganada, posso não ser alguém importante na mídia ou na política, mas, mesmo assim, o que eu penso é importante, aliás, o que todos pensam é importante, pois são esses pequenos pensamentos individuais que formam atitudes e  estas constroem o mundo em que vivemos.
Manifestar opiniões é mais que importante é necessário, precisamos dizer o que pensamos e também ouvir o que os outros pensam a respeito de tudo. Desta forma podemos juntos construir e aperfeiçoar nossas ideias e colocar em prática soluções benéficas para todos nós.

Todos sonham com um mundo melhor, todavia poucos estão dispostos a tornar essa ideia pelo menos um pouco possível. Depende de nós, um pequeno passo é valorizar o pensamento de outro, dar crédito a ideias de pequenas pessoas dispostas a fazer grandes mudanças.

sábado, 19 de abril de 2014

Gritos do Coração



Nos momentos em que me encontro sozinha é que posso ouvir a voz dos sentimentos.                                                                                                        Eles gritam bem alto no meu peito, desesperados por se libertar.     
Em um dialogo impossível explico que não posso deixa-los sair,que, infelizmente, preciso tranca-los no coração.                                                                                                                 Por um tempo eles voltam a ficar silenciosos, enquanto não estou sozinha, enquanto tenho quem me proteja deles.                                      
Então o dia passa e a noite vem, e ao deitar a cabeça no travesseiro ouço de novo os gritos por liberdade e dói não poder deixar livres coisas tão belas.                                                                                   
Quando os gritos são altos e as conversas não resolvem, vem a música como apaziguadora entre sentimentos e pensamentos e flui na alma como água na garganta do sedento.